A Cooperativa Agro Industrial Holambra com sede localizada à Rodovia Raposo Tavares, km 256, no município de Paranapanema – SP foi fundada em 23 de dezembro 1960. Em 1962 chegaram os primeiros produtores vindos da Holanda e outros egressos da Cooperativa Agro pecuária Holambra, sediada no município de Holambra, próximo a Campinas.
Desde, então, a Cooperativa passou por inúmeras fases que podem ser definidas e agrupadas em décadas de atuação:
Chegada dos primeiros produtores. A Cooperativa financiou as terras numa região remota, tendo implantado toda infra-estrutura como barracões, graneleiros, posto de combustível, residências, supermercado, hospital, igreja, escola e clube. Além disso, construiu e realizou a manutenção de estradas, fez desmatamentos e o primeiro preparo de solo. As culturas predominantes foram arroz e milho.
Os produtores se dedicavam exclusivamente à produção. A Cooperativa comprava todos os insumos, comercializava toda a produção e prestava assistência técnica, contábil e financeira. Houve grande expansão da área cultivada com o plantio de soja e algodão, além do incremento na exploração intensiva de flores e frutas. Nessa época, foi construída a maioria da infra-estrutura operacional de que dispomos atualmente (silos graneleiros, descaroçador de algodão, fábrica de polpas, escritório, câmaras frias e outros).
A crise na agricultura nacional afetou diretamente o desenvolvimento da Cooperativa Agro Industrial Holambra que se viu forçada a rever as estratégias e a política de aplicação dos recursos. Aumentou alternativamente a produção de flores e frutas e reduziu a área de cereais, limitando-se praticamente às áreas próprias.
A seca ocorrida em 1985 foi preponderante na decisão de direcionar recursos para a aquisição de equipamentos de irrigação, beneficiando as lavouras de cereais e a fruticultura. Nessa época, houve a primeira grande reestruturação da Cooperativa com a terceirização do posto de combustíveis, supermercado, oficina de carros, setor de peças agrícolas, restaurante e clube. A Cooperativa partiu de uma estrutura por função para três divisões de produção, na qual cada uma passou a receber, beneficiar e vender a safra e prestar assistência técnica aos cooperados.
Houve a consolidação da irrigação nas lavouras de cereais, alcançando 50% (cinqüenta por cento) das áreas exploradas, com a produção de duas a três culturas no ano, com predomínio dos cultivos de feijão e milho, destinados inclusive para sementes. Cabe também destaque para o forte ressurgimento do algodão sequeiro.
A fruticultura, centrada na produção de ameixas, pêssegos e nectarina, diversificou-se com sucesso também na goiaba e banana. O movimento total da Cooperativa dobrou em sete anos.
O final de 1996 marcou a outra fase de forte reestruturação da Cooperativa. Foi terceirizada a assistência técnica, equipe de crédito e a funilaria industrial. Além disso, foi extinta a divisão administrativa e reduzido o corpo gerencial nas demais divisões.
Foi definida uma política de obtenção de resultados positivos visando capitalizar a empresa para que pudesse investir na ampliação da sua estrutura de recepção e beneficiamento de produção.
O mercado de cereais e algodão permitiu bons resultados aos produtores e estes aumentaram a área plantada e produção. A irrigação no final da década alcançou mais de 70% da área plantada, garantindo assim boa produtividade em todas as culturas. Graças aos resultados positivos a Cooperativa pôde investir na ampliação de sua estrutura de recepção de cereais, que passou neste período de 30.000 toneladas para 120.000 toneladas e o beneficiamento de algodão de 15 fardos/hora para 60 fardos/hora.
Os resultados positivos permitiram também a devolução de parte da mesma para os produtores ao final de cada ano. Também foram feitos grandes investimentos em treinamento, cursos, faculdades e MBA para os funcionários e cooperados.
Nesta década, o faturamento da cooperativa saltou de 47 para 230 milhões de reais por ano.
Em 2010 foi comemorado o cinqüentenário da Cooperativa, e neste ano fomos classificados como a décima melhor empresa do setor de cereais e algodão do país pela revista Exame.
Foram feitos novos investimentos no beneficiamento de algodão que passou para 75 fardos hora.
Houve o início da produção de laranjas que deve chegar a 1,5 milhões de caixas nesta década.
Em 2011 o faturamento da cooperativa chegou aos 420 milhões de reais graças principalmente a um excelente ano de algodão.
Os produtores cada vez mais trabalham com venda antecipada da sua produção de algodão, soja e milho.
Em 2012 a cooperativa recebeu do Rally da Safra, realizado pela Agroconsult o prêmio de melhor produtividade em nível nacional de soja e milho.